sábado, 11 de julho de 2009
PROJETO FOLHETIM ELETRÔNICO: "A Caverna do Salgão" - 1º Capítulo
Brotherzada.
Sei que muitos de vocês que visitam o Oceano Pensante gostam das reflexões e das filosofas do cotidiano que posto aqui, outros gostam dos materiais sobre surfe, alguns outros preferem quando faço comentários sobre o futebol da gurizada, enfim... Há gosto para todos os lados, e respeito e fico grato por tudo isso, mas informo-lhes que a partir de hoje por algumas semanas vocês acompanharam aqui uma "outra história"... ou melhor... Um projeto que há tempos vem sendo estudado, debatido e analisado sobre sua viabilidade.
O blog Oceano Pensnate, numa jogada que tende a entrar para a estória, firma uma parceria com o blog co-irmão Filosofias Salgadas (www.filosofiassalgadas.blogspot.com). Trata-se do projeto "Folhetim Eletrônico"; a ideia consiste num conto que será escrito e publicado semanalmente, conjuntamente e individualmente ao mesmo tempo, ou seja, numa semana um capítulo será postado aqui, e o capítulo seguinte será postado na outra semana no Filosofias Salgadas. E o mais instigante de tudo... A estória a ser contada não está pronta... Eu terei que esperar o "outro bloggeiro" continuar o capítulo abaixo, por ex., para daí sim dar continuudade a estória, e assim, sucessivamente.
Respirem, tomem folego, e preparem-se, ao som de Thriller - Michael Jackson - para...
A CAVERNA DO SALGÃO
(Por Renatito e Pumba Rafael)
(OBS. IMPORTANTE - A parte introdutória do estória já está postada no www.filosofiassalgadas.blogspot.com, e a continuação segue abaixo)
Eles não entendiam como foram parar ali.
Tudo começou quando o mouro Charlie pegou a 34ª Nova Schin de graça com seu amigo Lodinho, garçom dos mais doidos da noite Porto-Alegrense. Ao entregar a garrafa cheia para Charlie, Lodinho o avisou:
- Experimentem essa... É especial.
- Mas poh, Lodinho, é outra Nova Schin... Vai ser só mais uma porcaria dentro do nosso organismo.
- Vai não, Charlie. Tomem essa...
O que havia de especial naquela garrafa escura com um líquido loiro dentro? Não seria apenas cerveja? Teria sido mesmo aquela substância tão conhecida que fez com que eles parassem naquele lugar desconhecido?
Quando Jorge Ben Jor gritou nos auto-falantes "... arrepia zagueiro... zagueiro..." e Moustache completara o último gole da 34ª Nova Schin... O mundo girou para os seis... As paredes se abriram... As luzes tomaram um colorido todo especial... Eles flutuaram dentro do vazio da poeira escura que levantava já sob as cabeças das pessoas que haviam lá dentro... Os seis tentavam se comunicar aos gritos uns com os outros, mas as vozes não saiam, se via apenas o mexer dos lábios daqueles seis rapazes que tinham dentro de si uma mistura de medo, adrenalina, extase, prazer... e embriaguez.
O encontro dos corpos daqueles seis ébrios com o solo foi impactante. Um estrondo ensurdecedor ecoou em todo ambiente.
A grama baixa com o orvalho lembrava o amanhecer nos dias de inverno na casa de praia de um deles. Seria Quintão e o gramado recém aparado pelo pai de Salgmano? Não. Não era. Salgmano reconheceria na hora o lugar onde crescera dando seus primeiros chutes a gol e onde aprendera a ganhar uma partida apenas no apito, sem ética alguma.
O lugar possuía uma luz intensa, ofuscante aos olhos de qualquer ser humano normal, mas incrivelmente a eles não afetava. A dificuldade para enxergar durou poucos segundos e em instantes já estavam acostumados com a nova luminescência. Um motivo havia para tanta facilidade de adaptação ... O mesmo motivo que os fez pararem ali. De onde sairam, de dentro da boate Te Talipo, somente eles poderiam ser escolhidos. Da cidade onde moravam, somente eles poderiams ser escoolhidos. Do país onde moravam, somente eles poderiam ser escolhidos... E O PLANETA onde habitavam...SOMENTE POR ELES poderia ser SALVO...
...
Moustache, ignorantemente, caminhava desesperado atrás da "saída de emergência", mesmo que Salgmano tentasse o alertar aos berros que não havia porta alguma ali, pois estavam a céu aberto, e enquanto Guile ainda falava sozinho sentado numa pedra, Roberto não se conformava com o fato da loira fascinate que ele beijava no Te Talito não ter sido enviada junto com eles para aquele lugar.
No outro canto:
- Não viu meus óculos? Perguntou Contrinha à Charlie, que com uma cara nada agradavel respondeu.
- Óculos? Tu tá preocupaodo com teu óculos numa hora dessas? Não sabemos onde estamos, não sabemos como viemos parar aqui, e tu tá preocupado com teu óculos?
- Inheee. Aquele óculos era do Noel, não posso perde-lo... Resmungava Contrinha, desesperado.
- Foda-se o Noel, fodam-se tu e todos os fãs do Sisao, foda-se teu óculos, Contrinha. Temos que descobrir o que aconteceu, onde estamos!
E Salgamano virou para eles falando baixo:
- Calem a boca... Vocês viram aquilo atrás da montanha? ...
O lugar apresentava imensas montanhas ao norte, e nada mais nas outras direções, apenas a grama rala e o orvalho que aos poucos se esvaia. Tinha algumas pedras pelo chão, pequenas, médias e grandes; ainda não haviam avistado qualquer outro ser vivo. Era apenas o verde do solo, o marrom acinzentado das montanhas ao norte e a coloração esbranquiçada do céu... Mas de trás das monatanhas... Uma espécie de aurora dourada se erguia e baixava... Lembrava muito a cerveja que tomavam no momento em que foram catapultados para lá, mas era a cerveja em outro estado físico...
Era como se fosse o líquido sagrado no estado gasoso, chamando-os até lá.
(...)
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2 comentários:
Seria Lodinho (o garçom maluco), o responsável por essa ingrata estadia num lugar desconhecido?
Aparentemente sim, Eduardo, mas veremos no decorrer da saga se somente ele foi o responsável pela viagem interdimensional dos seis fanfarrões.
Rrsrsrsrsrrs
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