sexta-feira, 31 de julho de 2009
A Caverna do Salgão - 4º Capítulo (Bafio, o organizador)
A Saga continua.
Em www.filosofiassalgadas.blogspot.com você já pode ler a sequência desta história muy loca, o quarto capítulo de "A Caverna do Salgão".
Acesse lá e aguarde pelo quinto capítulo aqui, no OceanoPensante.
domingo, 26 de julho de 2009
O frio e o 1/4 de século
*** Enquanto o FilosofiasSalgadas não publica o quarto capítulo de A Caverna do Salgão, aí vai uma pequena reflexão. ***
(.)
Queria falar, escrever sobre o frio que faz nos últimos dias em Porto Alegre. Não é algo raro, mas nessa intensidade também não é comum. Em quase 25 anos de existência, este corpo de 1,75 m e 73 Kg jamais sentiu temperaturas tão baixas como as de quinta-feira, sexta-feira, hoje e possivelmente amanhã.
Ontem fui fazer uma caminhada/corrida no parque em frente de onde moro; era mais ou menos 10h e o termômetro marcava 04º C... Gosto bastante do inverno, do nosso inverno, aquela coisa meio que de “ar europeu”, sabem? Você acorda e com dois blusões, moletom e jaqueta toma um café ou Nescau quente, a casa toda fechada e pela janela avista-se senhores de sobretudo escuro e mãos no bolso, senhoras com diversos modelos de chapéus, tocas e mantas das mais variadas cores que transcendem o transcolor. Claro, há também os desafortunados das ruas... isso é triste; ter que se aquecer com papelão e jornal ofende a dignidade de qualquer ser da espécie humana, todavia o inacreditável é que alguns ainda assim sorriem, um sorriso partido, claro, pelo vento oriundo do nosso, rio, lago, enfim,do Guaíba.
Tem a gripe A também, mas... não gosto de falar de doenças.
Lá pelas tantas, voltando do serviço, uma senhora de pouca estatura olha no fundo do meu par ocular; penso eu: “ela vai me perguntar que rua é essa...”. Mas não... ela pergunta “que dia é hoje, meu rapaz?!,,,”. Seria o frio? Seria a correria do dia a dia? Acho que não, acredito que seja a idade mesmo.
Falando em idade, em poucos dias atingirei uma nova marca, 25 anos. Vocês sabem o que é isso? 25 anos é quase o tempo que o Internacional não ganha um brasileiro, é próximo de quando o Tricolor ganhou o Mundial; 25 anos foi lá nos anos 80, quase metade daquela década, 25 anos é igual a um quarto de século, e se um século é grande coisa então UM quarto disso também tem seu significado. Não que eu seja apegado a essas coisas de idade ou que eu seja daqueles resmunguentos que vivem dizendo “tô ficando velho”, não é isso.
A questão é que vão fazer 25 anos de muitas coisas, de que vou pra Quintão, que peço um bolo de chocolate pra minha madra a cada semana, que vejo meu pai voltando feliz da vida do futebol dele, que vou ao estádio Olímpico, que escuto o som dos carros, que vejo pessoas e mais pessoas caminhado nas ruas (ás vezes sem saber aonde ir, mas indo); vai fazer 25 anos que eu olho para os cachorros e fico pensando “o que está passando na cabeça desse bicho”, que atendo minhas tias no telefone perguntando as mesmas coisas de sempre, que assisto a fórmula-1 todo domingo na madrugada ou na manhã. Muita coisa.
Dentro desse quase UM quarto de século já pensei e fiz muita coisa. Já define muitas outras coisas, como meu corte de cabelo, por exemplo; descobri diversas outras coisas também, gostos próprios, como filmes de comédia, doce ao salgado, esportes com adrenalina (e não, futebol não tem adrenalina, a não ser que seja torcendo pelo Grêmio, o que é meu caso), loiras às morenas (apesar de nunca dar sorte com), e camisas de flanela.
Agora... o que mais tenho notado, neste inverno em que completarei bodas de prata comigo mesmo, é que decididamente o frio não é tão bom assim, ah não é. Porque eu não aguento mais essa história de pensar duas vezes antes de ir para o mar, ter que teclar cuidadosamente para não trocar as letras devido as luvas. Tudo bem, tudo bem, gosto sim de andar entrouxado pelas ruas da cidade, a passos rápidos, olhando de revesgueio, como se estivesse fugindo de alguém, mas 02, 03, 04º C é demais, ou melhor, de menos. E outra, nesses quase 25 anos ou um quarto de século descobri que um viño seco tem seu valor, mas prefiro a cerveja. Sou bem mais da cerveja.
(25/07/2009)
sábado, 18 de julho de 2009
A Caverna do Salgão - 3º Capítulo
"- Pooourra, seu Mouro do inferno, tu não larga essa garrafa de canha dada pelo Zé, quero ver se essa merda acaba antes dele aparecer novamente." Disse Salgmano, ao mesmo tempo que cutucava o traseiro de Moustache com um galho que encontrara no caminho.
"- Será que esse tal de Zé - Mestre dos Tragos - é confiável mesmo!?" Perguntou Roberto ao pessoal, no que Guile respondeu:
"- Claro néuo... Eu sei, eu sei o que tu tá pensando. Como confiar num véio moribundo, fedorento, colorado e que ainda por cima chama-se Zé!? Só que tu lembra daquele desenho que dava no programa da Xuxa nas antigas? Como era o nome mesmo...."
"- SMURF`S !!!!". Respondeu faceiramente, o menino Contrinha.
"- Não idiota!". Retrucou Roberto." - O Guile tá falando do Caverna do Dragão, aquele que os caras foram parar num lugar desconhecido e eram auxiliados pelo Mestre dos Magos, só que vocês também não podem esquecer que há uns anos dizem por aí que na verdade o tal mestre do desenho era na verdade do mal, e só engambelava eles".
"- É verdade, o Roberto tem razão...". Concordou Salgmano, mesmo querendo descordar.
De repente, Moustache assustou a todos balbuciando um dialeto desconhecido:
"- Warghurzargusrsxasui!!!!!!!!!!".
"- Olha esse idiota". Disse Charlie."Ele tá querendo dizer algo".
"- Oh seus fiá da puhhh.". Grunhiu Moustache." Nós temos que acreditar naquele Zé sim, ou Mestre dos Tragos, que seja. Num é a primeira veiz que ele aparece pra mim... Uma vez um primo meu, o Binho, tava jogado na vida, só nas droga e disse que foi salvo por um tal de Zé. Desde então sempre quando eu tô na merda eu peço ajuda espiritual pr`algum Zé".
"- Olha... Eu jamais acredito no que esse imbécil fala, mas por enquanto é a única alternativa que temos... Crer no Só Zé - Mestre dos Tragos - e no faro do Moustache". Falou Guile, tentando fazer a galera chegar num senso comum.
E seguiram os seis rapazes destemidamente por Sombrio, em busca de mais algum sinal de fumaça, digo, cerveja e orientados pelo já perceptível DOM de Moustache, o olfato apurado para qualquer porcaria que fizesse mal para seu cérebro deficiente, mas que mesmo assim poderia ajudá-los na luta contra o Imperador do Mal.
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Cambaleando dez metros na frente dos outros, seguia Moustache, tirando cera do ouvido com o dedo mínimo, comendo capim e grunhindo sozinho. Era um ogro, definitivamente um ogro, mas com UM sentido apurado:
"-Ahhhhhhh, to sentindo cheiro de cerveja... Tô sentindo... E é Heinneken!!!!".
"- Heinneken!!!?? É a minha cerveja predileta, eu só tomo Heinneken. Aonde Moustache, aonde!!??? Que direção!!???". Perguntava Gulie.
"- Lá, pra esquerda. Vumbora que é pra lá". Indicou o feioso.
Salgmano saltou a frente chamando Roberto:
"- Olha aqui... Eu vou na frente e tu vem na retaguarda, mas peluamordideus, sem loiras agora... Fica atento... Eu to vendo uns movimentos atrás daquelas árvores."
"- Ok, ok". Concordou Roberto tomando um último gole do trago que ganharam do Só Zé.
Foi então que de trás de árvores gigantescas, que mediam mais de 50 metros de altura, começaram a sair criaturas estranhas mas ainda com uma certa feição humana. Eram baixos, com membros inferiores e superiores como os dos humanos, mas nas pontas dois pares de mãos e de pés, tinham uma pele escamosa e prateada e carregavam diveross frascos amarrados a cintura com, aparentemente, cerveja!.
"- Olha aquilo! Eles tem cerveja!" Gritou Contrinha.
"- É, vamu pega deles, já é!!! Vamu bate nesses filho d`uma puta e pega a ceva deles". Era só o que dizia Charlie, alucinado, depois de degustar uma planta que encontrou no meio do caminho, usando a comanda do bar de onde ele e seus compadres foram catapultados.
" - Hhahahahahahahahahhahahahahahaha".
" - Hahahahhahahahahahahahahahahahah".
"- Hahahahahahhahahahahahahahahahha".
" - Pobres humanos, retardados e semiébrios". Falou uma das criaturas esquisitas.
" - Vocês veem isto aqui nas nossas cinturas!? Veem!!??? Sim, isso é cerveja sim, e é Heinneken!!!!" Querem um pouco!?"
"- Siiii...upfhh". Manifestou-se ingenuamente, Guile, que foi apagado pela mão do Mouro Charlie que apenas tentaria tapar a boca dele.
" - Já sabemos bem a intenção de vocês aqui em Sombrio, seus debilóides. Mas digo a vocês que a força humana não dará conta dessa mistura magnífica." Falou o monstrengo (de Sombrio, não o do bairro Medianeira)." A cerveja Heinneken quando misturada com a nossa própria urina nós deixa fortes, muy borrachos e extremamente agéis"
E os monstregos escamados começaram a mijar dentro dos frascos com cerveja e instântaneamaente saltavam , moviam-se com uma veloicidade assustadora, para os lados, para cima, para baixo.
Salgmano, Roberto, Charlie, London Contrinha olharam-se apavorados, enquanto Moustache virava o corpo de Guile jogado no chão pra lá e pra cá, procurando algo. E agora? Como aqueles seis rapazes enfrentariam os monstros enviados pelo Imperador do Mal? Era a segunda batalha deles desde que chegaram ao "sombrio mundo de Sombrio", sim, a segunda... porque a primeira batalha era enfrentar a sede, a escassez de álcool no organismo. Já estavam fracos,precisavam de força. Onde estaria Só Zé - ou Zé - O Mestre dos Tragos para ajudá-los!?
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A saga dessa galera alucinada e sedenta por cerveja continua, lá no blog enciumado, www.filosofiassalgadas.blogspot.com.
quinta-feira, 16 de julho de 2009
A Caverna do Salgão - 2º Capítulo
A continuação da saga dos seis rapazes catapultados de uma noite na João Alfredo para um lugar inóspido e misterioso já está no ar.
Entre no www.filosofiassalgadas.blogspot.com e confira o segundo capítulo de A Caverna do Salgão.
Em breve o terceiro capítulo aqui, no Oceano Pensante.
sábado, 11 de julho de 2009
PROJETO FOLHETIM ELETRÔNICO: "A Caverna do Salgão" - 1º Capítulo
Brotherzada.
Sei que muitos de vocês que visitam o Oceano Pensante gostam das reflexões e das filosofas do cotidiano que posto aqui, outros gostam dos materiais sobre surfe, alguns outros preferem quando faço comentários sobre o futebol da gurizada, enfim... Há gosto para todos os lados, e respeito e fico grato por tudo isso, mas informo-lhes que a partir de hoje por algumas semanas vocês acompanharam aqui uma "outra história"... ou melhor... Um projeto que há tempos vem sendo estudado, debatido e analisado sobre sua viabilidade.
O blog Oceano Pensnate, numa jogada que tende a entrar para a estória, firma uma parceria com o blog co-irmão Filosofias Salgadas (www.filosofiassalgadas.blogspot.com). Trata-se do projeto "Folhetim Eletrônico"; a ideia consiste num conto que será escrito e publicado semanalmente, conjuntamente e individualmente ao mesmo tempo, ou seja, numa semana um capítulo será postado aqui, e o capítulo seguinte será postado na outra semana no Filosofias Salgadas. E o mais instigante de tudo... A estória a ser contada não está pronta... Eu terei que esperar o "outro bloggeiro" continuar o capítulo abaixo, por ex., para daí sim dar continuudade a estória, e assim, sucessivamente.
Respirem, tomem folego, e preparem-se, ao som de Thriller - Michael Jackson - para...
A CAVERNA DO SALGÃO
(Por Renatito e Pumba Rafael)
(OBS. IMPORTANTE - A parte introdutória do estória já está postada no www.filosofiassalgadas.blogspot.com, e a continuação segue abaixo)
Eles não entendiam como foram parar ali.
Tudo começou quando o mouro Charlie pegou a 34ª Nova Schin de graça com seu amigo Lodinho, garçom dos mais doidos da noite Porto-Alegrense. Ao entregar a garrafa cheia para Charlie, Lodinho o avisou:
- Experimentem essa... É especial.
- Mas poh, Lodinho, é outra Nova Schin... Vai ser só mais uma porcaria dentro do nosso organismo.
- Vai não, Charlie. Tomem essa...
O que havia de especial naquela garrafa escura com um líquido loiro dentro? Não seria apenas cerveja? Teria sido mesmo aquela substância tão conhecida que fez com que eles parassem naquele lugar desconhecido?
Quando Jorge Ben Jor gritou nos auto-falantes "... arrepia zagueiro... zagueiro..." e Moustache completara o último gole da 34ª Nova Schin... O mundo girou para os seis... As paredes se abriram... As luzes tomaram um colorido todo especial... Eles flutuaram dentro do vazio da poeira escura que levantava já sob as cabeças das pessoas que haviam lá dentro... Os seis tentavam se comunicar aos gritos uns com os outros, mas as vozes não saiam, se via apenas o mexer dos lábios daqueles seis rapazes que tinham dentro de si uma mistura de medo, adrenalina, extase, prazer... e embriaguez.
O encontro dos corpos daqueles seis ébrios com o solo foi impactante. Um estrondo ensurdecedor ecoou em todo ambiente.
A grama baixa com o orvalho lembrava o amanhecer nos dias de inverno na casa de praia de um deles. Seria Quintão e o gramado recém aparado pelo pai de Salgmano? Não. Não era. Salgmano reconheceria na hora o lugar onde crescera dando seus primeiros chutes a gol e onde aprendera a ganhar uma partida apenas no apito, sem ética alguma.
O lugar possuía uma luz intensa, ofuscante aos olhos de qualquer ser humano normal, mas incrivelmente a eles não afetava. A dificuldade para enxergar durou poucos segundos e em instantes já estavam acostumados com a nova luminescência. Um motivo havia para tanta facilidade de adaptação ... O mesmo motivo que os fez pararem ali. De onde sairam, de dentro da boate Te Talipo, somente eles poderiam ser escolhidos. Da cidade onde moravam, somente eles poderiams ser escoolhidos. Do país onde moravam, somente eles poderiam ser escolhidos... E O PLANETA onde habitavam...SOMENTE POR ELES poderia ser SALVO...
...
Moustache, ignorantemente, caminhava desesperado atrás da "saída de emergência", mesmo que Salgmano tentasse o alertar aos berros que não havia porta alguma ali, pois estavam a céu aberto, e enquanto Guile ainda falava sozinho sentado numa pedra, Roberto não se conformava com o fato da loira fascinate que ele beijava no Te Talito não ter sido enviada junto com eles para aquele lugar.
No outro canto:
- Não viu meus óculos? Perguntou Contrinha à Charlie, que com uma cara nada agradavel respondeu.
- Óculos? Tu tá preocupaodo com teu óculos numa hora dessas? Não sabemos onde estamos, não sabemos como viemos parar aqui, e tu tá preocupado com teu óculos?
- Inheee. Aquele óculos era do Noel, não posso perde-lo... Resmungava Contrinha, desesperado.
- Foda-se o Noel, fodam-se tu e todos os fãs do Sisao, foda-se teu óculos, Contrinha. Temos que descobrir o que aconteceu, onde estamos!
E Salgamano virou para eles falando baixo:
- Calem a boca... Vocês viram aquilo atrás da montanha? ...
O lugar apresentava imensas montanhas ao norte, e nada mais nas outras direções, apenas a grama rala e o orvalho que aos poucos se esvaia. Tinha algumas pedras pelo chão, pequenas, médias e grandes; ainda não haviam avistado qualquer outro ser vivo. Era apenas o verde do solo, o marrom acinzentado das montanhas ao norte e a coloração esbranquiçada do céu... Mas de trás das monatanhas... Uma espécie de aurora dourada se erguia e baixava... Lembrava muito a cerveja que tomavam no momento em que foram catapultados para lá, mas era a cerveja em outro estado físico...
Era como se fosse o líquido sagrado no estado gasoso, chamando-os até lá.
(...)
domingo, 5 de julho de 2009
A verdade veio à tona
Já faz semanas que as peladas de sábado da turma estão, digamos, conturbadas. Ofensas pra lá, chorôrô pra cá, botinaços pr`um lado, reclamações pr`outro... mas tudo segue igual, cada um com sua opinião, cada um com sua versão.
Na verdade, ainda nem sei como foi o jogo deste final de semana, não fui devido a festas de família e aniversários, e sei que outros não foram por sentirem-se prejudicados ou por falta de "condução" até o campo, como no caso do Charles (nomes fictícios, ok? Pra não causar problemas).
Pois bem, o Charles não é um dos pivôs das lambanças que estão ocorrendo no futebol da gurizada, mas é (sempre foi e acho que sempre será) reconhecido como um player de chegada forte, daqueles que não tira o pé nas divididas, muito menos o joelho... Aliás, o joelho do Charles poderia ser objeto de uma análise científica por esses estudiosos do mundo do futebol. Seu joelho possui uma força impressionate, como se fosse uma rocha; já tive a "oportunidade" de dividir uma bola com ele, com o joelho do Charles, o que não foi nada agradável. Há quem diga que nem um direto do Stallone em sua melhor fase seria pareo contra ele.
Outra característica é a sua mobilidade única, que difere do convencional. Joelhos de jogadores de futebol normalmente apresentam uma certa plasticidade em seus movimentos, que ás vezes de tão bruscos causam torções ou rompimentos, mas o joelho aqui em comento é diferente, ele se articula de maneira mais reta, se é que vocês me entendem, como... Ah sim, lembram do Robocop? Como funcionavam suas articulações? Assim mesmo, o joelho do Charles possui essa característica.
Fora o joelho, esse camarada possui também uma força muscular considerável, não é daqueles parrudos, mas tem sim uma certa força, aquela força negra ainda por cima. Se o cara é forte, tá, tudo bem, o mais fraco sempre o respeitará, agora, se o cara além de forte, possui pele negra e também divide forte no futebol... Bom meu amigo... Dái é preciso respeitá-lo mesmo, não é qualquer um que pode encarar tanta brutesa num corpo só.
No jogo da semana passada, entre tantos lances que causaram discussões e choros, o Charles deu um dos carrinhos mais brilhante que aquela Arena já viu, um carrinho do tipo voador; nem lembro se acertou a bola, só sei que por sorte o adversário conseguiu tirar a penas a tempo. O Charles nega que tenha sido uma entrada violenta, mas sinceramente... Foi sim, e ele sabe que suas chegadas, por vezes, possuem uma certa rispidez. E sabem como é, quando fica a gurizada discutindo sobre isso, nunca se terá certeza absoluta, pois as opiniões são várias, mas quando o comentário vem de fora.... Ah, meu amigo, daí é porque há sim um lado com mais razão que o outro. E foi o que aconteceu ontem a noite, na João Alfredo.
Eu e o Charles estavamos por essas bandas, dando uma olhada na fria noite porto-alegrense, uma, duas, três Polares e em frente ao Clan, ali na esquina da J.A com a Luíz Affonso, encontramos algumas amigas, ocorre que eu não lembrava se as gurias já conheciam o cara, foi então que...
Eram, mais ou menos, uma da matina... Os carros passavam tocando de tudo, Mike (nova-velha moda), Bob, Jorge, e lá de dentro do Clan saía um pagode desses do tipo universitário.
Nem toquei no assunto futebol ou coisa do tipo... Apenas cumprimentei as gurias e depois de alguns segundos de devaneio, perguntei a elas:
- Vocês já conheciam o Charles? Não lembro direito...
E então, no alto de sua ingenuidade, no alto de toda sua graça... A Livia (garota querida, querida mesmo), respondeu pelas outras, sem temor algum, sem frio algum (e olha que tava frio naquela hora):
- Claro que sim, eu lembro dele batendo nos outros aquela vez que fui ver o jogo de vocês.
Aquilo não foi uma brincadeira, até pq ela nem possui um mínimo de intimidade pra brincar com o Charles, foi uma resposta afirmativa, de quem um dia foi ao jogo e sem esforço algum constatou algo que todos já sabiam.
Pobre do Charles... Ficou sem o que dizer, enquanto eu ria debochadamente no alto da amizade sincera que tenho com ele.
O assunto não desenvolveu muito, até porque... Foi uma mulher, uma garota, quem falou aquilo, mas tenho certeza absoluta, que se ela fosse um ser do sexo masculino, naquele exato momento conheceria a força de Charles, ou quem sabe, do joelho reto deste hombre, que em plena noite porto-alegrense viu a verdade vir à tona friamente.
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Em tempo, àqueles que também tem o surfe em sua vida, vale a pena conferir a matéria Jamais Surfe Sem Elas!!! do blog www.surfsegurors.blogspot.com. Segue a luta contra as redes de pesca irregulares no RS e pela extensão das áreas destinadas ao surfe e demais esportes naúticos.
Aloha!!!
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