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Oceano Pensante

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sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Ok, Homem, eu ainda acredito em ti!

   Quem me conhece ou acompanha este blog sabe, tenho certa preferência por qualquer outra forma de vida que não a humana, vide, inclusive, a passagem de Lord Byron que postei ao final do texto anterior a este.

    Não quero dizer, com isso, que deixaria um ser humano de lado para salvar um ou outro animal ou vegetal, por exemplo, apenas tenho mais respeito a estes do que àqueles.

    Mas o que assisti na terça-feira à noite me fez repensar tudo isso. Que coragem, que valentia, que audácia, que espírito de solidariedade e compaixão.

   Eu, com meus 26 anos completados há poucos meses, não vi o homem pisar na lua; não vivenciei toda aquela expectativa, medo e, para muitos, desconfiança sobre a Apollo 13, que em 20 de julho de 1969, levou o homem  a pisar em lugar extraterreno. Um feito que por muito tempo parecia impossível, mas que, mesmo que alavancado por questões/disputas de beleza e poder entre nações, mostrou-se viável, pleno e comprovador das possibilidades e capacidades do ser humano.

    Eu não participei, não vivenciei tudo isso, apenas li e escutei.

    Contudo, o que assisti na última terça e quarta-feira, com certeza, foi algo tão improvável quanto pisar na aula.

    33 homens soterrados em uma mina, a mais de 600 metros de profundidade. Mais de 600 metros de profundidade, ou seja, mais de meio quilômetro em direção ao centro da Terra.

     Por 68 dias, esses homens não viram a luz do sol, não sentiram o vento soprar em suas caras, nem a água da chuva escorrer em seus corpos. Devem ter sentido a solidão (ainda que em um grande grupo) e a inevitável incerteza quanto a sobrevivência; se é que um deles esperava, realmente, de maneira racional, que isso acontecesse, um salvamento de proporções inimagináveis. Inimaginável como pisar na lua.

    E aconteceu.

   A comoção que se viu no mundo inteiro quanto aos 32 chilenos e 1 boliviano presos a mais de 600 metros abaixo da superfície, era de se esperar. O mínimo que eu, ao menos, esperava; entretanto, para minha surpresa, foi-se mais longe.

    Acreditou-se piamente na salvação daqueles mineiros, e com um esforço aparentemente sobre-humano não se mediu esforços e nem tempo para tentar salvá-los.

    Além disso, a confiança estampada nos rostos de toda equipe que participou desse resgate histórico foi algo impressionante. A positividade que se via na cara do presidente chileno frente à Fênix II e o absurdo e profundo buraco por onde esta teria que viajar em várias idas e vindas...

    Eu nunca mais vou esquecer do que assisti no dia 12 de outubro, quando se iniciou o resgate, e nos demais flashs que acompanhei nas horas de heroísmo que se seguiram.

     33 homens presos 622 metros, mais de meio quilometro, abaixo da superfície do Planeta Terra, no território de um país humilde, de terceiro mundo, que por essas simples características não se mostrou menos glorioso, forte e digno do que uma nação de alto potencial econômico, cultural ou bélico.

    Mas não posso perder muito o foco. A questão aqui é o homem e sua capacidade solidária. Fazemos guerras? Sim, fazemos. Destruímos o Planeta? Sim, a cada minuto. Mas na essência, temos compaixão, solidariedade? Sim. E se não temos, podemos criar, assumir isso.

    Em meio a tantos fatos podres no mundo contemporâneo como os dois mencionadas acima, juntamente com a corrupção, a pobreza, entre outros, parece-me, ainda assim, que devo dar esse voto de confiança na espécie humana, pois o que vi nesta semana merece muito o meu respeito e a minha consideração.

     Ok, Homem, eu ainda acredito em ti. Tive provas concretas de que tua ignorância e egoísmo podem ser mitigados, ainda que seja  necessário chegar a condições extremas.

     Tudo bem, eu ainda acredito em ti.

      OCEANO PENSANTE!

     ----- Ouvindo Dire Straits - Brothers in Arms --------
Postado por Renatito 0 drop's

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

E quem limpa tudo isso?

Dia de eleição na pátria de chuteiras escalada com os mais célebres e irreverentes candidatos que uma nação pode escolher.

Um milhão de votos para o glorioso Tiririca no Ente Federado Paulistano; mais de um milhão de votos. Mais de um milhão de votos para aquele que tinha como discurso "...Você sabe o que um deputado federal faz? Eu também não sei... ajude-me a descobrir!...".

Pasmem. Mas isso é besteira, deixa pra lá. Seremos sede da próxima Copa do Mundo e o que interessa são as belas paisagens da nossa terra que são vendidas lá fora, escondendo a tristeza de cada madrugada na fila do SUS nos postos de saúde e nossos irreverentes e cultos políticos.

Não vamos muito longe, também. Há quem o compare com o goleiro cujo o nome até no hino consta; eu sou fã confesso dele, mas não ao ponto de colocá-lo numa bancada legislativa. Até não conheço sua capacidade como político, sendo competente como foi embaixo das traves por mais de uma década, tudo bem. A responsabilidade agora é muito maior, sr. de Deus.

Mas eu não quero falar sobre as (possíveis) sujeiras e derrapadas de velhos ou novos políticos durante seus mandatos, quero falar sobre a sujeirada praticada no próprio dia de eleição.

No dia de eleição.

Bandeiras e hits políticos andando pra lá e pra cá às vésperas do dia eleitoral... E no dia D (ou "E"), panfletos e mais panfletos sendo espalhados pelas ruas; a cada um entregue nas mãos do eleitor, outros três são jogados no chão. As calçadas e vias públicas tomadas de "santinhos", dos mais coloridos aos mais sorridentes; ruas infestadas, panfletos espalhados, sujeira completa.

E eles ainda nem haviam sido eleitos.

Não falo aqui de um ou outro candidato específico, falo de todos os que concorreram e que não tomaram o cuidado de evitar toda a sujeira que a panfletagem político-eleitoral tem o potencial de causar. Os milhares de "santinhos" que foram espalhados apenas no dia de hoje são suficientes para entupir centenas de bueiros de qualquer cidade, só que não precisamos chegar até a este ponto.

Essa sujeira político-eleitoral é punível, ainda  que com previsão acanhada no Código Eleitoral brasileiro. Ou seja, eles mal entraram lá e já começaram a palhaçada, basta ler o Art 243, VIII da Lei 4.737/1965; consta lá:

"Art. 243. Não será tolerada propaganda:


(...)


 VIII - que prejudique a higiene e a estética urbana ou contravenha a posturas municiais ou a outra qualquer restrição de direito".


É uma poluição ambiental urbana violenta; poluição de ordem visual, estética, material e, porque não, moral, afinal, eu me sinto sim abalado na alma ao ver tanta sujeira na rua; trata-se de um abalo que só eu sei o quanto é grande, e ninguém será capaz de provar o contrário. Além desse ponto, é justo que as prefeituras ou as próprias comunidades fiquem com ônus gerado por candidatos que talvez nem ao governo cheguem? 


Independente disso, a Lei dos Crimes Ambientais (Lei 9.605/98) traz:


"Art. 54. Causar poluição de qualquer natureza em níveis tais que resultem ou possam resultar em danos à saúde humana, ou que provoquem a mortandade de animais ou a destruição significativa da flora:
        
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.

§ 1º Se o crime é culposo:
Pena - detenção, de seis meses a um ano, e multa.

§ 2º Se o crime:

(...)

V - ocorrer por lançamento de resíduos sólidos, líquidos ou gasosos, ou detritos, óleos ou substâncias oleosas, em desacordo com as exigências estabelecidas em leis ou regulamentos:

Pena - reclusão, de um a cinco anos.

§ 3º Incorre nas mesmas penas previstas no parágrafo anterior quem deixar de adotar, quando assim o exigir a autoridade competente, medidas de precaução em caso de risco de dano ambiental grave ou irreversível".

Leram bem que lei se trata? Lei dos CRIMES ambientais. É CRIME! Esses panfletos sorridentes espalhados pelas ruas no dia de hoje são provas de um crime praticado na porta da sua casa por quem lhe prometeu ética, dedicação e confiabiliadade por mais de um mês na televisão antes da novela das oito.

É inconcebível que nos tempos atuais atitudes como essa, da panfletagem desaforada no dia da eleição não sejam coibidas com eficácia. Sabemos que os diabinhos, digo, santinhos, são distribuídos por meros fáceis capatazes, mas que de qualquer maneira devem estar cientes que no dia da eleição não se deve colocar em prática apenas os direitos políticos que a CF/88 prevê, mas também os direitos e deveres de cuidado ambiental previsto no Art. 225 desta, cabendo, obviamente, uma recomendação que parta do próprio candidato, o qual deve ter o mínimo de consciência ambiental (e social) antes de chegar a um cargo eletivo. 

Que, ao menos, mandassem limpar tudo logo após as 17 horas.

Fatos como esse me causam uma indignação tamanha que acabo, inclusive, perdendo o tino do espaço e escrevendo mais do que queria sobre tal assunto.

Paciência; era preciso falar sobre isso, assim como outras coisas interessantes que tenho pra contar por aqui, mas que ficarão para outro dia.

E que hoje, todos vocês tenham pensando muito antes de ir lá afundar o dedo na urna. Somos seres pensantes, e escolher bem um representante político é tarefa obrigatória nossa, assim como zelar pelo meio em que vivemos.

Pensem, cobrem , exijam. Saibam das coisas; dos fatos e das possibilidades.


"(...) Há um tal prazer nos bosques inexplorados; 
  há uma tal beleza na solitária praia; 
  há uma sociedade que ninguém invade,
  perto do mar profundo e da música do seu bramir...
  Não que eu ame menos os homens, mas amo mais a natureza (...)"
                                                                       - Lord Byron -

(DE FUNDO: Neil Young)
Postado por Renatito 1 drop's
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Pra mim não basta pensar, viver. É preciso expor todas essas sensações e percepções. De alguma forma, transparecer aquilo que nos move. Para isso criei este espaço. Gaúcho, amante da estrada. Surfista, advogado. Noivo, filho, tio. Amigo de todos (assim espero ser).
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