quarta-feira, 25 de agosto de 2010
Ainda resta vida
Tenho percepções que a mim mesmo surpreendem.
Noticiam nos jornais que uma fumaça encobre o Rio Grande do Sul. Desde sábado nota-se e sente-se isso. No domingo estava eu e minha namorada descansando na sombra de um parque, e algo nos chamou a atenção: como o sol estava aparente. Extremamente delineado, sem sombras ao redor e o sobrepondo. Um sol alaranjado. Que lindo sol, pensamos.
Triste ilusão No calor de 27º C, em pleno inverno, apreciávamos uma pseudo-bela-paisagem.
Alaranjado, pela poeira que levanta da matas. Quente, pelo fogo que rege a Amazônia brasileira, e os pagos vizinhos.
26 anos, origem paterna das bandas da fronteira com a Argentina e o Uruguai. Nada mais que natural do que apreciar um belo e apetitoso churrasco. Nada mais belo do que a matança que a carne que se come ser originária de pura e cruel desconsideração com a própria vida humana.
Noticia-se no jornal a névoa de fumaça que encobre a região sul do país. Lota-se hospitais com cidadãos apresentado renite, asma, bronquite e qualquer outra doença ou mal ligado à respiração.
Falam apenas que a causa é a fumaça que paira sobre a região sul do país, Argentina e outras bandas.
E o por que dessa fumaça?
Alguém fala?! Alguém diz?!
Pois eu digo: sem palavras encobertas. É para preencher o prato que satisfaz tua fome.
É pra alimentar tua ansiedade pelo sangue escorrendo na bandeja, comendo sem pensar, dizendo que "acha bonito a onda quebrando no mar", "a duna de areia na prainha favorita", "as belas paisagens do Estado de Santa Catarina".
Ahhhhhh, meu amigo, acha belo?! Então vá procurar o por que dessa fumaça que encobre o sul do Brasil nos últimos dias, que fantasia um falso sol-de-belo-alaranjado. É a mesma causa que te leva certas coisas até o prato, até a tua vestimenta.
Eu, jamais, quero aqui pregar algum tipo de alimentação ou coisa parecida. Quero apenas consciência humana de quem se diz homo sapiens.
Ora essa... sapiens, é aquele que te morde ou te ataca, por já notar que tu, homem, é muito pior que o veneno de uma cobra ou a mordida de um leão.
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Mas ainda resta vida.
Nós somos a esperança da vida, porque se um dia a natureza realmente não conseguir nos segurar, os outros seres vão acreditar piamente no nosso próprio potencial "solidário".
Sábado último, alguns amigos foram surfar na plataforma de pesca do balneário de Salinas, em Cidreira, praia do litoral norte do RS. Lá, tiveram uma bela surpresa, ou melhor, uma bela visita.
As fotos possuem o crédito do brother Tiago, e podem ser conferidas (em integralidade) no blog dele: www.uponboard.blogspot.com.
Ainda resta vida.
Dentro dos mares, nos oceanos, dentro de nós. Como o esforço desprendido para salvar a baleia Jubarte encalhada em Capão no domingo. Vai saber se era a mesma baleia de Salinas.
Era uma vida, e isso basta. Dando espetáculo ou pedindo ajuda.
Força.
( Tocando: eASY sTAR aLL sTAR ... - Pink Floyd)
sábado, 21 de agosto de 2010
Focado
Focado.
É assim que me sinto hoje, com foco nos meus objetivos, nos meus mais sinceros e altos objetivos.
Nessa sexta-feira que acaba de acabar completa-se uma semana da minha formatura. O momento mais sublime da minha até então, com certeza. Sinto-me feliz, muito feliz, de boa com a vida.
Há, e sempre haverá, alguns problemas a serem resolvidos. Coisas do cotidiano, das relações entre as pessoas. Mas me sinto focado, com foco no resultado.
E nunca foi tão bom ter essa sensação, ou melhor, decisão.
Cheguei ao ponto de recusar um convite p/Quintão, ver o mar. Quando recebi a ligação nem cogitei a possibilidade de consultar a patroa, como diria um amigo meu, p/ver o que ela achava.
Amanhã acordarei cedo, organizarei meu material e, o resto, será apenas leitura.
------------------- -------------- ---------------------------- ----------------------------------
Sinto falta de escrever mais vezes aqui, de escutar minhas músicas na tranquilidade de casa, de ler as obras do mestre David Coimbra p/descontrair, entretanto... Trabalhar é preciso, estudar mais ainda.
A rotina vem sendo cansativa. Saio um tanto cedo de casa, volto quase na virada do relógio. Venho conseguindo manter uma média de seis horas diárias de sono, uma hora a menos do recomendado, mas já está ótimo.
O problema mesmo é o tempo para as outras coisas, como falei antes... escrever por aqui, curtir um som, pensar besteira.
O cara vai crescendo e vai aprendendo, não adianta, só que há algo a ser cuidado nisso tudo: não se pode esquecer de viver. Trabalhar é ótimo, estudar é gostoso, assim é para mim ao menos, no entanto o ser humano precisa de um tempo maior na semana p/relaxar, gozar (não me interpretem mal, ou sim, se quiserem).
Praticar o nadismo também seria recomendável (ainda que pareça contraditório isso... praticar o nada, ou, praticar coisa alguma).
Bom, segue o fio, a linha do tempo, e os deveres em cima da escrivaninha.
Há um conteúdo muito grande p/estudar amanhã, algumas (e primeiras) aventuras jurídicas a serem encaradas, e , claro, é preciso viver também.
Eu não aguentava mais esperar por essa sexta-sábado-domingo-feira. Colocar uma calça moleton, camiseta poída e andar de meia ou descalço pela casa.
Salve o final de semana. E com a mente focada.
DISPATCH na caixa de som do computador.
Aloha!
É assim que me sinto hoje, com foco nos meus objetivos, nos meus mais sinceros e altos objetivos.
Nessa sexta-feira que acaba de acabar completa-se uma semana da minha formatura. O momento mais sublime da minha até então, com certeza. Sinto-me feliz, muito feliz, de boa com a vida.
Há, e sempre haverá, alguns problemas a serem resolvidos. Coisas do cotidiano, das relações entre as pessoas. Mas me sinto focado, com foco no resultado.
E nunca foi tão bom ter essa sensação, ou melhor, decisão.
Cheguei ao ponto de recusar um convite p/Quintão, ver o mar. Quando recebi a ligação nem cogitei a possibilidade de consultar a patroa, como diria um amigo meu, p/ver o que ela achava.
Amanhã acordarei cedo, organizarei meu material e, o resto, será apenas leitura.
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Sinto falta de escrever mais vezes aqui, de escutar minhas músicas na tranquilidade de casa, de ler as obras do mestre David Coimbra p/descontrair, entretanto... Trabalhar é preciso, estudar mais ainda.
A rotina vem sendo cansativa. Saio um tanto cedo de casa, volto quase na virada do relógio. Venho conseguindo manter uma média de seis horas diárias de sono, uma hora a menos do recomendado, mas já está ótimo.
O problema mesmo é o tempo para as outras coisas, como falei antes... escrever por aqui, curtir um som, pensar besteira.
O cara vai crescendo e vai aprendendo, não adianta, só que há algo a ser cuidado nisso tudo: não se pode esquecer de viver. Trabalhar é ótimo, estudar é gostoso, assim é para mim ao menos, no entanto o ser humano precisa de um tempo maior na semana p/relaxar, gozar (não me interpretem mal, ou sim, se quiserem).
Praticar o nadismo também seria recomendável (ainda que pareça contraditório isso... praticar o nada, ou, praticar coisa alguma).
Bom, segue o fio, a linha do tempo, e os deveres em cima da escrivaninha.
Há um conteúdo muito grande p/estudar amanhã, algumas (e primeiras) aventuras jurídicas a serem encaradas, e , claro, é preciso viver também.
Eu não aguentava mais esperar por essa sexta-sábado-domingo-feira. Colocar uma calça moleton, camiseta poída e andar de meia ou descalço pela casa.
Salve o final de semana. E com a mente focada.
DISPATCH na caixa de som do computador.
Aloha!
sexta-feira, 13 de agosto de 2010
Algo banal ou um momento único (!)
Para muitos, pode parecer algo banal. Terminar a faculdade, tirar algumas fotos, entregar convites, ir em almoços de confraternização, integração.
Para mim não é, e sei que para muitos outras pessoas também não é um momento banal. Trata-se de um momento especial, difícil de comparar qualquer outro acontecimento da vida ao que estou vivendo neste semestre, nas últimas semanas, nos últimos dias.
Não tenho dúvidas que tanta emoção, alegria, satisfação e euforia decorrem de longos e intermináveis (assim pareciam) 07 anos que fiquei na faculdade. Alguns duvidaram da minha chegada até aqui, muito pelo contexto de toda a história... Mas consegui.
Na minha casa sabemos bem o quanto foi árdua a batalha para terminar essa faculdade; se da minha parte foram ônibus e ônibus lotados, guarda-chuvas quebrados, livros e livros comprados e emprestados, tensão a cada espera de nota, busca por um bom estágio e uma prática de tudo que vinha aprendendo em aula, pela parte do meu pai... foi o suor do bolso, advindo da angústia e da esperança de um sonho: se ele não pôde ter isso, queria ao menos proporcionar ao filho. Obrigado pai, não tenho palavras para descrever este momento que estou vivendo. E minha mãe, nossa... Todo esse tempo esperando eu chegar da aula, preocupada com o que eu ia jantar, preocupada com os perigos da rua de uma cidade grande.
Foi árduo, foi difícil. E agora, alívio e satisfação.
Fico pensando comigo mesmo, eu e meu eu, eu e meus devaneios, se não estou exagerando na dose, valorizando demais tudo isso, porém creio que não. Num país como o nosso, onde boa parte da população não possui sequer saneamento básico em seu bairro, inclusive em capitais como Porto Alegre, que nesse quesito não atinge nem 30%, uma mínima conquista já deve ser exaltada.
Num país de terceiro mundo, que vende uma imagem falsa de primeiro mundo, onde a violência bate a porta da nossa casa (quando não entra sem pedir licença), chegar são e salvo no trabalho, na residência, já é uma batalha superada.
Ter a terceira maior carga tributária do mundo é algo surreal; paga-se para nascer, para viver e inclusive para morrer. E nessa rotina desembolsante, nessa experiência mundano-brasileira, consegue-se um jeito de desbravar o ensino superior privado do país.
É banal? Não, não é banal. Não pode ser banal. Tem que ser valorizado sim. Tanto esforço tem que ser valorizado.
Esses dias eu estava conversando com uma das minhas irmãs sobre o fato de, em certos aspectos, ser uma dureza essa vida. Tira dinheiro dali, coloca aqui; paga um, atrasa outro. Calcula de cá, cobra de lá. Pressa daqui, calma dali. E assim vamos indo.
Além disso, sobre os momento da vida, cada momento tem seu valor, podendo ser diferente em intensidade para cada pessoa. Vai de cada um saber analisar e sentir o quanto cada momento é importante para si.
Assistir uma palestra é importante.
Concluir o ensino fundamental é importante..
Terminar o ensino médio é importante..
Dedicar-se para um trabalho de faculdade é importante.
Ganhar um carro é importante.
Esforçar-se para comprar um carro é importante.
Ter uma banda é importante.
Ter uma banda é importante.
Servir no exército é importante.
Pagar contas é importante.
Ter alguém para planejar a vida juntos é importante.
Ver o sol é importante.
Ver o sol é importante.
Ter irmãos é importante.
Tomar uma cerveja é importante.
Chegar no outside é importante.
Fazer um juramento é importante.
Ver sua família feliz é importante.
Sentir a importância de tudo isso, somar tudo isso, celebrar tudo isso..
Sejam situações que parecem banais ou que realmente sejam simbólicas. Cada etapa tem seu valor, cada hora é mágica.
E um momento pode ser único.
"... os livres ideais de um homem não tem limite nem fronteiras, o mundo é seu cenário, e por ele peregrina, ultrapassando territórios e atravessando mares, em busca de felicidade e bem estar..." - Irineu Strenger.
E assim, chego a minha formatura na faculdade. E isso é muito importante.
quarta-feira, 11 de agosto de 2010
11 de agost.... Um ano após o outro
Nada como um dia após o outro... Como um ano após o outro.
11 de agosto de...
É a vida. Às vezes má, porém sempre com sábias respostas.
Nada como um dia após o outro... Como um ano após o outro.
Obrigado Tempo, por toda luz, calma e sabedoria durante todo esse período.
E agora, apenas 02 dias.
Tranquilidade.
Aos ouvidos: Midnite.
Aos olhos: O espírito do zen, de Alan Watts (p. 59).
Paz e luz!
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