Tive o
insight (tá na moda esta palavra,
insight, rsrs) de escrever este texto, pensamento, seja lá o que for, após comer uma bolacha recheada, na verdade, depois de devorar um pacote inteiro e mais metade de outro.
Por muito tempo estas bolachas apetitosas, coloridas e calóricas foram uma das minhas fontes de felicidade, mas depois desta Gulosos que me inspirou... não sei não. Com certeza muitos vão me chamar de fresco, boiola, ou qqr outro termo destes que são jogados ao ar pelos homens a qqr momento,mas td bem.
A questão é de percepção mesmo, na verdade de paladar, p/ser mais específico, entretanto não vou me deter só neste.
Tô numas viagens de não comer mais carne animal e outros derivados. Não virei vegetariano,não é isso, ainda como um carreteiro aqui em casa, e podem me convidar a vontade p/churrascos em qqr lugar, a qqr hr,ocorre que sempre que possível vou evitar de comer carne e td mais que seja de origem da indústria animal. O que me levou a isso nem foi a questão nutricional ou coisa do tipo,mas sim a questão ambiental. Milhares de bóis, vacas, porcos, frangos e outros diversos animais que tem seus cadáveres jogados em nossos pratos todos os dias sofrem antes de ali chegar. Diversas florestas, matas e campos são colocados a baixo para a criação de todos estes animais. A consequência disto tudo? Queimadas - Gás carbônico - Efeito estufa, além da quanridade absurda de água que se utiliza p/alimentar esses futuros e dispensáveis animais/alimentos que nós, animais (sim, somos animais) humanos teimamos em tratar como meras coisas que estariam na Terra simplesmente a nossa disposição.
Chega. Vou evitar carne ao máximo. Animais sofrerão menos com isso, o meio ambiente será menos degradado com isso, e meu corpo ficará cada vez mais saudável. Mas tá... chega... Não queria me deter neste assunto, já falei. Aos que acharam interessante o tema acima, aguardem,aí vem meu TCC da Faculdade de Direito... "Dignidade da Vida dos Animais Não-humanos", e é óbvio que toda essa minha "frescura" na alimentação teve influência deste Trabalho.
A questão é que ao parar de comer carne (ou evitando ao máximo como estou fazendo), e comendo mais legumes, vegetais e tal, meu paladar rrrrrrealmente ficou mais aguçado (e digo rrrrrrealmente pq a Costamilan, minha colega, já havia dado este toque). Tenho reparado isso ao saborear os últimos pratos feitos pela minha mãe, agora consigo distinguir melhor os temperos que ela usa,por ex., contudo, a prova fatal desta consciência ética-ovo-lacto-vegetariana-qdo possível veio com a Gulosos. Meu Deus... não sei agora se é só essa bolacha recheada ou são todas, só sei que ao mastigar com mais atenção uma das integrantes do segundo pacote o gosto do corante artificial do recheio chegou a me causar cara feia... Nunca tinha acontecido isso comigo ao comer uma tão reluzente bolacha recheada de morango.
Isso é percepção. paladar.
A questão não comer-animais que sofrem até chegar às nossas mesas tbm é um fato que envolve percepção. Basta analisarmos todos nossos habitos alimentares, as mercadorias que são vendidas nas prateleiras dos mercados. Os nomes que damos as partes dos bichos.
É percepção; é um pensar mais aplicado. Na filosofia chamam isso de "ética aplicada" (e isso não envolve Aristóteles ou Platão, quero dizer... até envolve, claro, mas para entender ética aplicada não é preciso chegar aos mais ilustres pensadores da antiguidade).
Percepção. Há quase dois meses que minha vida deu uma certa reviravolta... Encontro-me numa reponsabilidade que oh Jah-Jah. Por motivos de força maior, pela força da lei dos homens, coisas que não puderam ser evitadas; paciência. Enfim... até deste momento atual tiro percepções.
Como conseguimos passar para as pessoas uma forma de ser que na verdade não é. Tenho convivido mais com o pessoal mais próximo de sangue,família mesmo, e tenho conhecido personalidades que me eram inexistentes. Gratas surpresas, mas tbm... em alguns casos... necessidade de muita calma para dialogar com outros que já se sabia, nunca foram fáceis de lidar. Algumas coisas parecem que precisam ser ajustadas; aguenta-te aí, que aqui eu cuido p/ti cair fora dessa.
Isso é percepção. De comportamento, personalidade. A análise foi muito fechada, eu sei, mas quem é de casa sabe do que estou falando.
Nas noites, andando por aí, tbm. Entra-se numa casa noturna, e em vez de pedir uma ceva de Lodes, pede-se uma água p/santo. Acordo no outro dia bem disposto, p/escrever mais sobre meu Trabalho da faculdade, p/jogar um futebol, e o melhor de tudo... Lembro de todas as coisas que fiz na noite anterior, de todas as garotas que cuidei, das que me cuidaram, das que esnobei, e das que bom...deixa p/lá.
Percepção, entendem? Percebe-se a noite tbm. Qdo não se bebe, vê-se um outro mundo neste mar negro que é a noite baladeira de uma capital monumental a beira de um rio.
A vida é uma viagem, já perceberam isso? É questão de percepção. Basta não beber por uma noite para ver a beleza que realmente vale a pena, não comer carne por algumas semanas p/se notar que não sentimos falta de certas coisas, passar algumas necessidades, etc, etc, etc, para se perceber um novo mundo, coisas boas e coisas ruins, mas coisas diferentes, que um dia vc vai poder dizer: "- Sim, já passei por isso, já tentei isso, mas não deu certo"... ou... "deu certo"....
A vida é uma viagem, e isso é uma questão de percepção. Quem sabe até, de ética aplicada,