domingo, 31 de maio de 2009
Olhar humano e Conspiração - Reflexão -
segunda-feira, 25 de maio de 2009
Chegou a hora do primeiro conto....
sábado, 16 de maio de 2009
DA RELAÇÃO HUMANA: ENSAIO SOBRE O HOMEM E A MULHER.
Política? Esportes? Lazer? Gastronomia? Alguma "salgada"? Não... Vamos falar de comportamento.
Trata-se da realidade sobre todos vocês, machos e fêmeas da espécie humana, que perlambulam pela noite porto-alegrense, pelas praças desta capital outonal, pelos shoppings, pelos estádios, ou que perdem horas de suas vidas fuxicando a vida dos outros através do Orkut. Você, homem e mulher, de todas as cores, de todas as idades, de todas as tribos. Aqui está a verdade sobre vocês
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DA RELAÇÃO HUMANA: ENSAIO SOBRE O HOMEM E A MULHER.
O homem quer uma mulher para ficar ao seu lado, para estar ao seu lado.
Quer uma mulher para sair com ela, para buscá-la em casa, no trabalho; tudo isso no seu carro.
Aliás, o homem quer um carro, gosta de automóveis, quer um para ir ao trabalho (por mais que isso não seja ecologicamente correto), quer um carro para sair do trabalho, ir a um happy hour, ao cinema, ao teatro, para a praia, para o alto da montanha. E claro, quer um carro para buscar sua mulher, sua fêmea; dirigir pelas ruas e avenidas exibindo não apenas seu veículo, mas também a sua mulher, aquele ser de traços delicados que carinhosamente passa a mão no seu pescoço, escorrega pelo braço e lhe admira.
Mas o homem também quer sair com seus amigos, fazer suas necessidades de porta aberta (...); quer deixar a porta da casa aberta para quem quer que seja entrar e sair a qualquer hora... Quer a solidão do infinito, da dose de whisky na mesa do bar, sozinho ou com seus camaradas. O homem quer a noite quente para mostrar sua força bruta, usar seu poder de persuasão, mostral-lo para seus amigos; ele quer rir e escutar música com seus camaradas quer decifrar cada acorde da guitarra que enche seus ouvidos de prazer.
... Enquanto isso, a mulher sonha acordada; idealiza seu macho de ombros largos chegando enquanto ela aguarda ansiosa na janela. Vai para o espelho pintar os lábios e os olhos só para agradar seu macho, mostrar que está disposta. Quer caminhar, andar na carona dele, pular, conversar, sonhar (...). A mulher quer a proteção do homem que será seu tema de pauta nos encontros com as amigas, nas idas ao banheiro. Hoje em dia ela quer dividir a conta também (mas nunca, nunca um homem deve impor isso), quer dirigir um carro, e fazer planos de economia familiar tão bons quanto os de seu homem, mesmo que, muitas já prefiram constituir famílias pequenas: Ela e ela mesma. Contudo, ainda assim pensa nas flores que um dia sua mãe lhe contou sobre, pensa e deseja que essas flores toquem a campainha de seu apartamento escondendo por trás aquele sujeito de olhos penetrantes, mãos firmes e perfume calibrado...
Um cruza pelo outro; se olham e desviam os olhares; se tocam, dançam e trocam palavras... Ele provoca até o final, ela nega enquanto pode.
Fazem parte de um jogo onde a decisão mesmo não importa, pois na verdade a própria “final” é o desejo sincero de ambos.
E o homem quer sim (!) a companhia da fêmea de pele macia, de toque sutil, de cabelos vistosos, que sem avisar chega à sua casa. Olha astuto e sozinho do alto da montanha, mas pensa nela. Quer a paciência para suas roupas sujas, seu final de tarde de fadiga. Quer o futebol sagrado, mas quer também tê-la ao lado, caminhar à noite pelas ruas, de bar em bar, nos melhores restaurantes. Mãos entrelaçadas que balançam no vai e vem da química.
Ainda que maravilhados pelos prazeres da vida e da sociedade dos dias atuais, do mundo moderno, ainda sim desejam alguém do lado; dentro de suas tocas, se abrem, cantam, se chamam de tudo... Ainda que depois se calem, fingindo querer liberdade.
"... Fundamental é mesmo o amor, é impossível ser feliz sozinho..." - Vinícius de Moraes.
domingo, 10 de maio de 2009
O Sol e a Lua no mesmo céu
Cinco da matina foi o horário combinado e não houve falha. Acordei às 04h25 com o telefone tocando. De calça, blusão e moletom (sim, tava frio), esquentei a água p/chimarrão, separei frutas e bolachas, um livro (mesmo sabendo que o tempo seria mínimo para leitura).
Peguei o elevador; aquele abraço de brother, e exatamente às 05h15 entramos na estrada que levaria ao nosso destino. Loucura? Insanidade? Doideira? Não. Essas palavras são usadas para quem no mesmo horário enche a cara com algum líquido alcoólico? Não, não são, então também não podem ser usadas para quem deseja estar as sete da manhã entrando num líquido salgado, em pleno contato com a natureza.
A previsão era de vento nordeste moderado e ondulação ainda de sudeste. A sexta-feira tinha sido boa, pelo menos nas fotos, mas o sábado... Só saberíamos fazendo uma análise “in loco”, e então exatamente às 07h17 estávamos entrando pelo lado esquerdo do píer de Tramandaí (back door); remamos até o outside, a onda quebrava atrás do “T”, e não era qualquer onda...
Mar liso, série demorada, mas uma onda consistente, de formação muito boa; em sua maioria direitas de meio metro bem servido, num início de banho sem vento, com apenas mais dois longboarders e... o sol que nascia e a lua que se ia, mas ainda juntos no mesmo céu.
Foi um banho longo, de mais de três horas e vinte minutos, onde o surfe do Fábio sobressaiu. Custei a me soltar dentro d`água, o que só consegui após duas ondas e uma bela pancada da prancha do Fábio na minha cabeça. Um corte de uns dois centímetros que jorrou sangue por muitos minutos, mas continuei na água; acordar tão cedo, ver o sol nascer e a lua ao mesmo tempo e pegar aquelas ondas... Tudo isso foi mais forte do que a dor que suportei até o final do banho.
Após o surfe entramos na plataforma com o intuito de ver de cima aquela alinhada ondulação que ainda entrava em Tramandaí, e para saber mais sobre algumas questões burocráticas sobre a plataforma, visto que o trabalho de conclusão de curso do F.Fox versará, entre outras coisas, sobre a tutela jurídica da pesca.
Por volta do meio-dia já estávamos voltando para cidade. Bob Marley, Tim Maia, Led Zepellin, Forfun e Donavon nos acompanharam no bate-volta mais contestado da história... Sair tão cedo, por quê? Voltar tão cedo, por quê? Porque a vida é assim meus amigos; quem dorme demais não vê muita coisa, quem dorme demais não senti muita coisa. O mar está sempre lá nos esperando, cabe a nós sabermos o momento certo de ir até ele, mesmo sabendo que a qualquer hora ele nos cai bem.
Sai da cama cara! E vamos nessa surfar.
Foi um dos “banhos da vida”, com direito a marcas (rsrsrs) para a eternidade.
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Em tempo: Admirável a limpeza interna da plataforma, parabéns à associação da plataforma de Tramandaí, resta a nós, surfistas, cuidar mais da beira e do mar.
quarta-feira, 6 de maio de 2009
Vistoria na praia do Quintão.
Depois de semanas seguidas de boas ondas, o mar de Quintão resolveu apresentar condições nada favoráveis para o surfe neste feriadão do dia do trabalhador, então decidi pedalar pela beira-mar da praia a fim de verificar a existência/quantidade de redes de pesca espalhadas mar adentro, além, claro, do estado das placas de sinalização das áreas de pesca e surfe.
Quintão pode ser considerada a última praia do litoral norte gaúcho, recebendo aproximadamente mais de quinze mil pessoas no verão, com uma diminuição considerável nas outras épocas do ano. No banho de sexta-feira entramos (eu e o brother Pumba, o único que me acompanha neste feriadão) logo na Frei Caneca (nossa rua, pouco além do fim da área de surfe – corrente de sul, vale lembrar) e rapidamente já estávamos no inicio da área. Um banho curto, frio, de poucas e difíceis ondas.
Neste sábado o tempo é bom, céu aberto, sol, temperatura agradável, entretanto o mar ainda apresenta forte corrente de sul, que de encontro ao vento nordeste não menos forte, acaba propiciando ondas muito irregulares, que fecham por completo, em um tamanho que varia de 0,5 m. a 1,5 m. Olhando atentamente para o outside até se vê uma onda, grande, espumosa, abrindo o suficiente, acredito eu, para um drop alucinante e prazeroso, mas penso que não vale o risco. Mas enfim, voltamos ao escopo deste texto/informativo, a vistoria quanto à existência/quantidade de redes de pesca em Quintão.
Os pescadores locais respeitam a área demarcada para surfe, que inicia na guarita de numero 211 (próximo à rodoviária) e se estende ate a rua do calçadão (Av. Bancários ) próximo a guarita 214. A primeira rede de pesca aparece na casinha 216 (proximidades da pousada Calipso), o que significa uma boa distancia até a área de surfe. Até a casinha 217 há outra rede. Entre a 217 e a 218 existem mais duas redes, nessa altura já estamos passando a rua da caixa dágua (onde o mar, no momento em que passei por ali, apresentava ondas consideráveis de regular formação, mas insurfáveis, pois fora da área permitida na praia). Entre a casinha 218 e a 219 (aqui já no inicio do Rei do Peixe – considerem este como se fosse um bairro de Quintão) encontramos a quinta rede, e então finalizei a vistoria, tendo em vista que dali em diante a beira-mar passa a ser frequentada quase que exclusivamente pelos pescadores e aves, o que nos leva a crer na existência de muitas outras redes. Na área de surfe (curta - diga-se de passagem –, e que pode ser tema de reflexão num futuro próximo) realmente não existem redes de pesca, sequer calões espalhados pelo mar, o que é louvável e merece os agradecimentos da comunidade surfística da praia. A demarcação é feita com placas, que felizmente apresentam em sua maioria bom estado de conservação, com exceção da que fica localizada próxima a casinha 212, e da placa indicadora do fim da área de surfe, que não está mais ali, o que pode causar algum acidente para aqueles mais desatentos ou que não frequantam a praia sempre.
Não obstante a constatação da regularidade das demarcações das áreas e da eficácia disto em Quintão até o presente momento, ressalto o cuidado que devemos ter ao entrar no mar , principalmente em dias de mar como o de ontem, hoje e possivelmente amanha; o mar revolto e com forte corrente pode provocar o desprendimento de alguma rede, alem do que, as que se encontram próximas a área de surfe podem acabar invadindo esta devido a intensidade da corrente. A fiscalização das áreas e suas devidas demarcações é outro fator importante para a continuidade de dias tranqüilos de surfe no Quintão. É dever das autoridades estar atenta ao que se passa na orla de seu respectivo município, quando este banhado pelo mar.
Ademais, finalizo com um forte abraço aos brothers Fox, Kchorro, Juliano e Jeff, que partiram para SC neste feriadão, e outro para Lilo e Dolly, que ficaram em suas residências citadinas. Boas ondas irmãos de água, pois por aqui nos resta (a mim e ao Pumba) desbravar ondas quadradas e rápidas,